[Arco de Platina] Cultura e Nação
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[Arco de Platina] Cultura e Nação
----- P l a t i n a -----
Açúcar, risadas, e tudo o que há de bom. Já somos quase como super-heróis.
“Sejam todos bem vindos à nossa festa do chá! Aceitam algum doce? É o que mais temos por aqui. Quanto ao chá… Bem, isso não é tão importante, não é mesmo? E não reparem na extravagância das cores e dos figurinos, isso é apenas parte de quem somos. Nós, do Arco Platina, adoramos aleatoriedade, por isso não se surpreendam com nossa distração e rapidez ao mudar de assunto. Em nossas reuniões frequentes, aliás, discutimos métodos de evitar a cárie e a diabetes. Platinadores gostam de rir, e de fazer outros rirem; e então, quando menos esperarem, nós os seduzimos e fazemos bebês com eles. Agora sente-se logo, há cadeiras para todos. E não toque no nosso pó mágico; é a substância que nos faz voar nas nuvens!”
- A Era de Platina:
Era como entrar no lar de um demônio.
Nos dias de hoje, florestas são retratadas como lugares pacíficos. Tal adjetivo, no entanto, não podia estar mais distante da atmosfera proporcionada por aquela floresta. Era dia... Não, final de tarde, mas parecia muito mais tarde do que isso. A folhagem das árvores era tão densa que parecia muito mais uma lona de um circo macabro no meio do nada que farfalhava com o vento do que vegetação natural. E o silêncio anormal – não se podia ouvir um único pássaro, cigarra ou qualquer outro animal – não ajudava a tornar o ambiente mais convidativo.
Era isso o que se passava na mente daquela pessoa, que só ouvia os próprios passos em conjunto com o farfalhar das folhas. O silêncio anormal poderia fazê-lo sentir-se seguro, afinal, se não há som, não há nada ali. E se não há nada, não há perigo, certo?
Errado. A falta de som em uma floresta era anormal, e ele tinha plena consciência disso. Sentia-se um alvo fácil ali, como se todos os animais irracionais da floresta estivessem trabalhando em conjunto para emboscá-lo. Sentia-se observado por todas as direções, e sentia-se um alvo ainda mais fácil com a grande bandeira vermelha que carregava.
Mas agora já chegara até ali. Seria mentira dizer que não estava com medo, mas estava preparado. Se alguma coisa o atacasse... Ele não deixaria fazerem-no com facilidade. E não largaria a bandeira – Afinal, não haveria motivo nenhum para estar ali sem ela. Como fundador, era sua responsabilidade assegurar o domínio sobre seu território, e aquela bandeira seria apenas o primeiro marco para isso.
Sim. Era um conde. Mesmo ali, tal realidade ainda parecia surreal – Parecia que o Arco fora criado ontem! Era um evento recente, e ali já estava ele, trabalhando em prol de sua nação. Nação esta que não tinha um símbolo definido ainda, aquela bandeira era provisória. Mesmo assim, o símbolo provisório que escolhera lhe agradava bastante: Uma bandeira vermelha, com uma foice e um martelo cruzados, e uma estrela. Aquilo tinha um significado especial para ele.
E era em nome daquele símbolo, daquele ideal, que não podia desistir. Pensando nisso, a coragem voltou aos seus olhos, e ele prosseguiu. Tal determinação renovada, no entanto, o fez focar apenas na sua frente, deixando-o completamente alheio a qualquer outra presença.
Como a da outra pessoa que o avistara ao longe.
“Ora, ora, Draken.” Pensou, balançando a cabeça e sorrindo. Acabara poupando-lhe do trabalho de se aproximar para ver quem era – e do risco de ser ouvido. O tolo carregava aquela bandeira enorme com aquele símbolo enorme, seria impossível não reconhecê-lo.
A bandeira também era um claro indicativo do objetivo do conde do recém-criado Arco de Rubi, e isso era algo que ele não podia permitir. Sendo o fundador do Arco de Esmeralda, estava ali pelo mesmo motivo, e não deixaria o território da floresta ser tomado tão facilmente – mas como lidar com ele?
Yukits, o conde do Arco de Esmeralda, não trazia bandeira alguma. Pensaria mais tarde em como demarcar seu território, mas não podia deixar Drako fazer o que quisesse até lá. Entretanto, também não podia simplesmente atacá-lo ali, de frente, seria estupidez. Pegá-lo de surpresa também estava fora de cogitação; Estando tão longe, em um ambiente tão silencioso, certamente seria ouvido. Será que o outro já passara por aquele ponto em que ele estava agora? Se ele realmente quisesse reconhecer todo o terreno antes de fincar a bandeira, teria que passar por ali em algum momento, certo?
Suas reflexões foram então interrompidas por um som que não ouvira antes.
O som era indistinto, não se podia identificar sua natureza ou origem, mas fora o suficiente para lembrá-lo de onde estava. Evidentemente, também sentia a atmosfera sinistra do lugar – e aquele som novo, em meio ao silêncio anormal, não parecia um bom sinal. Um arrepio correu pela sua espinha sem que tivesse controle sobre ele.
Horas se passaram.
Drako continuara andando. Ao longo das horas, ouvira vários sons indistintos que lhe faziam perguntar-se se eram realmente sons da floresta ou sua mente pregando peças. Qualquer uma das alternativas era inquietante, mas não podia desistir àquela altura. Finalmente, parou para descansar um pouco.
E no momento em que finalmente dera um suspiro de alívio por sentar-se no chão... Sequer tivera tempo de sentir a umidade e o frescor da grama sob sua bunda, pois se levantara com um pulo para desviar do projétil disparado em sua direção. E quando viu seu atacante, sua expressão se fechou.
-O que pensa que está fazendo aqui, Yukits?!
A expressão deste se tornou um sorriso ao ver o punho do outro se fechar em raiva.
-Nada mal, Draken. Esperava pegá-lo de surpresa, mas vejo que isto será mais difícil do que pensei... Não tem problema. – E então avançou rapidamente na direção do outro.
O combate corpo a corpo dos dois era acirrado. Drako era maior e tinha aparente vantagem, mas Yukits não parecia inferior- OPA! Quase fora pego por um golpe que o deixaria inconsciente, mas fora por muito pouco! Drako também se camuflava na escuridão, o que tornava tudo ainda mais desafiador, mas o desafio que este estava sentindo também não era inferior.
Essa era a vida de um habitante de um Arco.
Especialmente naqueles tempos, que vão muito além do ponto que as memórias da humanidade podem alcançar. Mesmo hoje em dia, os Arcos vivem competindo entre si por quaisquer motivos, e não há nada que se possa fazer. É a vida, e todos simplesmente a aceitam como ela é. Mas naquela época, era muito pior – Hoje em dia, mesmo com as competições, há uma certa camaradagem entre os arcos. Naquela época, como estamos vendo agora, era comum os líderes de arcos diferentes se engajarem em combates letais.
Combate este que foi interrompido por um novo som. Um som bastante distinto, e que não combinava com o cenário nem com a cena de violência que se desenrolava ali.
Uma risada.
Fora o suficiente para os combatentes interromperem seus afazeres e olharem ao redor. Como assim, que risada era aquela, de onde vinha?!
Silêncio, mais uma vez. E então, mais risadas.
Dessa vez não parecia haver uma única fonte. Yukits e Drako engoliram em seco e se entreolharam... E chegaram a um acordo mútuo, sem palavras.
Trégua. Pelo menos até descobrirem o que era aquilo. Com um aceno de cabeça, correram juntos na direção das risadas, e se embrenhavam mais e mais fundo naquela floresta sinistra.
Quanto mais corriam, mais as risadas se amontoavam ao redor deles. Era como se zombassem deles quanto mais eles avançavam... E não demorou muito até sentirem um cheiro diferente daquele da floresta.
Não dava para dizer muito bem o que era, um cheiro doce de algum tipo. Aquilo já estava mais estranho do que qualquer um dos dois gostaria, então tinham que acabar com aquilo já!
... Mas nada poderia prepará-los para o cenário que encontrariam.
-HÃ?! QUE PORRA É ESSA?!
O grito fora de Drako, mas poderia muito bem ter sido de Yukits. Eles não estavam mais na floresta – era como se o cenário do nada tivesse se transformado depois de um passo. Em algo completamente diferente... E inacreditável.
Yukits não conseguiu segurar uma interjeição de admiração. Era como entrar num sonho! À frente dos dois, estava uma grande mesa – muito grande – Cheia de doces de todos os tipos. Bolos de todas as cores e sabores, inúmeras tigelas cheias de balas e pirulitos até a borda, bandejas de chocolates, de brigadeiros, potes de sorvete, coberturas e granulados de todos os tipos... Era difícil olhar sem ter água na boca.
Mas isso não era nada perto do que havia atrás da mesa...
-... Aquilo é... Um... Castelo...?
-... Não... Não pode... Ser...
Nenhum dos dois conseguia articular muito bem as frases.
Atrás da mesa, havia algo que parecia uma pequena estrada feita de biscoitos, ladeada por pirulitos gigantes. E essa estrada levava a um... Castelo era a descrição mais provável, mas parecia mais um bolo de casamento gigantesco. Havia uma porta, e inúmeras janelas, mas...
-... Que... Lugar... É esse...?
A pergunta era de Yukits. Lágrimas de admiração começavam a surgir em seus olhos, aquilo era... Aquilo era o reino ideal! O território ideal... O Arco ideal! Se ele tivesse tudo aquilo... Mas...
Drako, igualmente deslumbrado, voltou sua atenção para a enorme mesa de doces e... Finalmente avistou algo que não vira antes. Parecia um pequeno aquário, e tinha um peixe dentro.
-Não, sério... Que lugar é esse? – Perguntou Drako, mais para si mesmo do que qualquer outra coisa, enquanto encarava o peixe. Este, em resposta, simplesmente olhou para ele com uma expressão que só poderia ser comparável à de uma coruja branca de olhos esbugalhados.
E como se estivessem só aguardando por aquele momento, mais risadas explodiram de todos os lugares. E enquanto os dois condes viravam-se para todos os lados, numa vã tentativa de encontrar sua origem, uma nova risada pode ser ouvida – mais alta e mais localizável do que as outras. E quando se viraram na direção dela-
-SEJAM BEM-VINDOS! BEM-VINDOS À FESTA DO CHÁ DO ARCO DE PLATINA!
... Ali, de pé em cima da mesa de doces, estava uma garota que não estava ali antes. Usava um vestido bem longo e ornamentado, como o de uma princesa, e continuava rindo, em conjunto com as risadas sem corpo que ainda ecoavam por ali.
-Meu nome é Puri! – Continuou, animada, ainda sorrindo de orelha a orelha para os dois visitantes. –Aceitam algum doce? É o que mais temos por aqui! – Ela então andou até um pote de pirulitos, sem tomar muito cuidado para não chutar os outros doces que ocupavam a mesa inteira sobre a qual ainda estava de pé. –Quanto ao chá... Bem, isso não é importante, não é mesmo?
Os dois pegaram os dois pirulitos jogados para eles num ato reflexo, sem tirar os olhos da garota bizarramente extravagante que continuava olhando-os de cima da mesa, sem parar de falar.
-Ah, e não reparem na extravagância das cores e dos figurinos, isso é apenas parte de quem nós somos. Nós, do Arco de Platina, adoramos aleatoriedade, por isso não se surpreendam com minha distração e rapidez ao mudar o assunto, ok? Nós-
-EPA, EPA, ESPERA AÍ! – Yukits interrompeu, tendo como resposta o a mesma expressão que o peixe fizera para Drako mais cedo. Peixe este que, Drako agora reparava, não estava mais ali. –Você disse Arco?
-Ué, disse! – O sorriso voltou à expressão da garota. –Vocês estão no território do Arco de Platina, e eu sou sua PURINCESA! – Ela pareceu bastante orgulhosa, estufando o peito ao exclamar o título.
Yukits e Drako se entreolharam. Parecia que ambos sabiam exatamente o que o outro estava pensando, e então voltaram a encará-la. Ou melhor, Drako voltou, enquanto Yukits voltava a olhar os arredores.
Não era possível! O Arco de Esmeralda deveria conquistar aquele território, mas... Não apenas já tinha dona, como... Yukits voltou a sentir lágrimas surgindo em seus olhos enquanto olhava o esplendor de tudo aquilo. Nem mesmo a capital de seu Arco tinha tanto... Brilho! E aquele arco, daquela pessoa... Não... Ele não iria aceitar isso...
-Receio que não estejamos aqui para nos juntarmos a seu... Arco, senhorita...
-Puri!
-Isso aí. – Drako ignorava os dramas internos de Yukits, enquanto se dirigia à sorridente condessa (jamais se referiria a outro conde por um título tão ridículo quanto aquele). –Eu sou Drako, o conde do Arco de Rubi, e...
-E eu sou o Yukits e meu Arco de Esmeralda é muito melhor do que esse, pffft! – Tentara soar desdenhoso, mas embora sua expressão fosse convincente, seu tom de voz acabou sendo mais alto e rápido do que pretendia.
Pela primeira vez, o sorriso de Puri deu lugar a uma expressão diferente. A expressão de uma criança quando vê um doce que não pode comer, embora o local em que estava tornasse a comparação um tanto peculiar.
-Entendo... Vocês são de outros arcos...
De algum modo, o tom de voz triste e infantil os levara imediatamente a pôr as mãos nas armas, mas o estalo de dedos dela foi mais rápido que qualquer reação. Do nada, como se tivessem caído do céu, seis lanças agora os cercavam.
-Sinto muito, mas não deixarei vocês vencerem! – A expressão triste de Puri tornou-se um sorriso, enquanto ela empunhava algo que parecia uma espada, ornamentada com balas e uma figura que, à distância, parecia um cupcake de cartola.
Yukits e Drako não perderam tempo; As “lanças” que os cercavam eram pirulitos natalinos gigantes, que eles trataram de quebrar. Mas assim que o fizeram, mais risadas misteriosas soaram do nada, fazendo com que algo que parecia cordas de chiclete brotassem do chão e os prendessem.
-MERDA!
Puri finalmente saíra de cima da mesa, avançando na direção deles com a espada em punho. Eles estavam completamente indefesos agora, completamente à mercê daquela garota, que agora sorria com um olhar ensandecido para eles.
-Hmm... E agora, o que devo fazer...? – Perguntava, de modo divertido. –Vocês não pareciam saber no que estavam se metendo, então será que eu devo dar uma chance...?
Pela primeira vez, os condes demonstravam medo na frente de alguém. Puri não tinha como saber que era a primeira vez, mas o olhar deles a divertia. Afinal, outros arcos eram inimigos, certo...?
Ergueu a espada.
Ambos fecharam os olhos.
E estranharam quando se viram livres.
Puri usara a espada para cortar as amarras de chiclete que o prendiam um ao outro no mesmo lugar. Evidentemente ainda estavam completamente melecados de chiclete, mas estavam livres.
-E então? – Perguntou Puri, com um sorriso ainda mais sádico do que antes. –Ainda acham que podem me vencer?
... Os dois sabiam que não. Pelo menos não ali, naquele exato momento. Foram pegos desprevenidos, em um território que claramente dava vantagem à inimiga. Drako foi o primeiro a correr na direção de onde viera.
-... Eu voltarei. – Disse Yukits, antes de seguir na mesma direção. Mais tarde se amaldiçoaria por falar algo tão clichê, mas naquele momento precisava dizer algo que não desse a entender que estava fugindo com o rabo entre as pernas.
Novamente sozinha, Puri caminhou até a mesa e pegou um pedaço de bolo de chocolate para si, sorrindo orgulhosa.
-Estarei esperando. – Falou, para ninguém em particular. –Agora que sei com quem estou lidando, estarei ainda mais preparada. O Arco de Platina crescerá – Seu sorriso se alargou ainda mais. – Afinal, qualquer um pode entrar. Mas a ninguém será permitido sair!
A frase foi concluída por uma gargalhada alta e aguda. Que foi repentinamente interrompida no momento em que uma borboleta surgiu na sua frente e ela largou o bolo para correr atrás dela.
----- E x t r a s -----
Sir Muff foi assado nos fornos de nossos kokoros com açúcar, polvilho, e açúcar. Tome cuidado, ele fugiu do manicômio pela quarta vez essa semana. ♥
- CHOCOBAR:
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